Tudo começou na Alemanha, em uma pequena cidade, Dillingen, situada ao sul da Baviera, à margem esquerda do rio Danúbio. Ao redor desta pequena cidade medieval, estenderam-se campos e prados, onde o povo, que se constituía de famílias de camponeses dependentes e espalhadas numa densa rede de povoações aldeãs, exercia as suas atividades agrícolas e pecuárias.
Num contexto de Sociedade Medieval, um pequeno número de mulheres piedosas começaram a se agrupar para dedicar-se ao serviço de Deus.
O Conde Hartmann IV de Dillingen e o seu filho, bispo de Augsburgo, doaram à comunidade das irmãs uma casa, nas proximidades da Igreja Paroquial.
Fundação da Congregação por um grupo de jovens alemãs, tendo como norma de vida a regra de São Francisco.
Às Irmãs foi concedida, pelo Bispo de Augsburgo, a Regra da Ordem Terceira de São Francisco de Assis e neste espírito elas encontraram o verdadeiro objetivo de sua congregação.
O mosteiro das Irmãs da Terceira Ordem de São Francisco enfrenta a primeira grande provação. Surpreendidas por um horrível incêndio, o Convento de Dillingen é destruído. Até a reconstrução do Mosteiro, as Irmãs experimentaram uma vida em dura pobreza.
Ventos impetuosos sopraram sobre a Alemanha. Período marcado por sombras, disputas e uma onda de superficialidade e decadência religiosa. Era o vendaval da Reforma Luterana. A consciência da necessidade de renovação da vida Cristã, eclesial e religiosa, e o Espírito de Deus cresce. Ao que tudo indica, essas dificuldades serviram para um aprofundamento e estabelecimento da vida espiritual.
A Alemanha estava sofrendo o flagelo da guerra – A Guerra dos Trinta Anos. Os últimos anos dessa guerra devastadora tiveram implicações na vida de nossas Irmãs. Apesar de todas as dificuldades desse século a comunidade de Dillingen cresce na sua fidelidade à sua consagração.
Surgem novos projetos. O Bispo Príncipe Clemens Wenceslaus dirigiu às Irmãs Franciscanas o pedido para assumirem uma escola. A partir desta época, elas colocaram-se a serviço do ensino e da educação de meninas nas escolas oficiais do Estado da Baviera na Alemanha.
A Congregação se expandiu para além-mar, começando nos Estados Unidos da América do Norte.
Na Alemanha, as professoras religiosas foram bruscamente afastadas do setor educacional pelo movimento nazista. Partiram para a América do Sul, chegando ao Brasil, onde reiniciaram as suas atividades no campo educacional, na cidade de Cabo Frio. As Irmãs pioneiras assumiram desenvolver a atividade escolar primária, orientação de um pequeno orfanato, já existente, e catequese paroquial.
Em cinco de fevereiro chegou à cidade de São João de Meriti um grupo de seis irmãs, com a missão de servir ao Reino de Deus, com o Carisma das Franciscanas de Dillingen.
No início, uma casa de família não muito espaçosa foi adaptada e transformada em escola. Apesar do pouco espaço, o Santa Maria iniciou o seu primeiro ano letivo com 320 alunos. E o que era pequeno pareceu ser ainda menor ao final do ano, quando o número de estudantes chegou a 470.
As dificuldades iniciais não as desanimaram, pelo contrário; além de assumirem a tarefa de educadoras, trabalhavam após as aulas fazendo trabalhos manuais, bordados e costuras, visando às necessidades diárias e futuras obras.
Começam as reformas do primeiro prédio do colégio.
Iniciam-se as obras do prédio do ginásio.
A construção da casa das irmãs apenas 22 anos após a fundação do colégio dimensiona o perfil doador das irmãs, que sempre colocaram as necessidades do Santa Maria à frente das suas.
Duas obras relevantes são concluídas: o imponente auditório Regina Pacis e a Capela.
O antigo prédio é demolido, viabilizando a construção do prédio central, inaugurado no ano seguinte.
É inaugurado, com uma belíssima festa, o primeiro ginásio esportivo do Santa Maria. Surge um gigante.
Inaugurado o Centro Cultural, fomentando cada vez mais o esporte e a cultura na educação.
O Colégio Santa Maria nasceu da incessante abdicação de seis irmãs franciscanas vindas da Alemanha. Uma história de trabalho árduo e, sobretudo, de conquistas. As barreiras construídas por uma realidade de pobreza não foram capazes de suplantar o forte objetivo das irmãs: levar educação aos jovens e elevar o espírito de São Francisco, o espírito da paz.
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